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domingo, 9 de setembro de 2012

Projetos

Setembro/Outubro

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Quadro de medalhas das Paralimpíadas Londres 2012


05/setembro de 2012


Dirceu e Eliseu, medalha de ouro na Bocha BC4.

O Brasil permanece na sétima posição, mas agora com 10 medalhas de ouro, 15 de prata e 18 de bronze.

Mais medalhas de ouro podem vir do atletismo, pois na manhã do quinto dia de competições no Estádio Olímpico de Londres, nesta terça (04), nove brasileiros foram classificados para as finais da modalidade.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Saiba porque agora dizemos "Paralimpíadas"




Você já percebeu que agora o nome “Paralimpíadas” ou a expressão “atletas paralímpicos” aparecem sem a letra “o”? A mudança foi feita para igualar ao uso de todos os outros países de Língua Portuguesa.
Desde que os jogos para pessoas com deficiência começaram, os outros sete países que têm o Português como língua oficial (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste) já usavam a forma atual. Para que o Brasil não ficasse diferente dos outros países, o Comitê Paralímpico Internacional pediu que fosse feita a alteração.
A mudança foi anunciada em novembro do ano passado, durante o lançamento da logomarca dos Jogos Paralímpicos de 2016. O termo vem do inglês: paralympic, criado com base no cruzamento de para(plegic) + (o)lympics. Ou seja, atleta paralímpico.
(Agência Brasil)

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Olimpíadas 1896 Atenas

Olimpíadas 1896 Atenas



A Grécia, terra das primeiras Olimpíadas, que ocorriam na cidade de Olímpia desde o século 8° a.C., recebeu também os primeiros Jogos da Era moderna, em 1896. Depois de 1.500 anos sem a realização dos eventos de Olímpia, o renascimento dos Jogos começou a se tornar realidade em junho de 1894, na Universidade de Sorbonne, na França.
O sonho de Pierre de Fred, o Barão de Coubertin, de reviver a Olimpíada agradou aos representantes de um congresso de educação e pedagogia, realizado no dia 23 de junho de 1894. Alguns gregos que estiveram presentes disseram ao Barão que seu país estaria disposto a ser a sede da primeira Olimpíada moderna.
Para unificar as diferentes disciplinas esportivas e promover a realização dos Jogos Olímpicos entre atletas amadores a cada quatro anos, ampliando para o mundo o que já havia ocorrido na  Grécia ,Coubertin criou o Comitê Olímpico Internacional.

1900 Paris

Após a realização da primeira Olimpíada, em Atenas-1896, o Barão de Coubertin pôs em prática a idéia de realizar os Jogos a cada quatro anos. Como presidente do Comitê Olímpico Internacional, o francês escolheu Paris para sediar a competição. O rei George 1º, da Grécia, tentou, no início, que Atenas se tornasse sede do evento novamente em 1900, mas depois acabou desistindo da idéia.
Diferentemente dos primeiros Jogos, quando a população de Atenas participou com entusiasmo de todos os eventos, as Olimpíadas de 1900 passaram despercebidas para os parisienses, principalmente por causa da falta de informação e organização. Além disso, os Jogos concorreram como coadjuvante diante de outro evento: Paris se preparava para organizar uma grande Feira Mundial (atual Expo), tendo a Torre Eiffel como porta de entrada da exposição industrial e tecnológica.
O acúmulo de eventos fez com que os Jogos Olímpicos acabassem sendo disputados em longos cinco meses. Para piorar e aumentar o desinteresse do público, o programa era muito confuso. O tiro, por exemplo, teve provas realizadas simultaneamente na Ilha de Seguin (a oeste de Paris), no polígono de Tiro de Vincennes e no campo de Tiro de Satory, perto de Versailles.


1904 St. Louis


A Olimpíada de Saint Louis, nos Estados Unidos entrou para a história como a pior de todos os tempos. A péssima organização do evento e o baixo desempenho dos atletas fizeram dos Jogos um espetáculo deprimente, beirando o ridículo.
Desde a escolha da cidade sede até o encerramento, os Estados Unidos decepcionaram. Contrariando o Barão de Coubertin, presidente do Comitê Olímpico Internacional, o presidente dos Estados Unidos - Theodore Roosevelt - impôs a cidade de Saint Louis, ignorando Chicago, que apresentava melhores condições para abrigar os Jogos.
Roosevelt escolheu a pequena cidade do Estado de Missouri por causa da Feira Mundial de 1904. Como nos Jogos de Paris, quatro anos antes, os Jogos Olímpicos ficaram em segundo plano.

1908 Londres
 A Grã-Bretanha decidiu organizar os Jogos Olímpicos de 1908 apoiada na família real e na experiência que possuía pelos já 30 anos do Torneio de tênis de Wimbledon, um dos mais tradicionais da história.
A organização fazia inveja até para competições disputadas no século XXI. Para cada modalidade das Olimpíadas londrinas, chegaram a ser impressos e distribuídos manuais com regras em inglês, francês e alemão.
Tudo isto feito às pressas. Já que até 1906, a Itália ficaria com a sede. Naquele ano, a região de Nápoles foi castigada com a erupção do vulcão Vesúvio, e o governo italiano precisaram utilizar os fundos reservados para os Jogos na reconstrução da cidade. Os ingleses deixaram Londres pronta para receber a Olimpíada em apenas dois anos.
Em 10 meses, foi construído o estádio Sheperd's Bush (conhecido também como White City), com capacidade para 70 mil espectadores. O complexo incluía também um velódromo de 660 metros, uma pista atlética de um terço de milha (536 metros) e uma piscina com comprimento de 100 metros.

1912 Estocolmo
Estocolmo foi escolhida como sede dos Jogos Olímpicos de 1912 no congresso do Comitê Olímpico Internacional, em Berlim, no dia 18 de maio de 1909. Única candidata à sede, a cidade sueca correspondeu às expectativas, promoveu uma competição organizada e realizou a mais brilhante edição até então.
Sem nenhuma exposição comercial paralela ao evento, como em Paris-1900, Saint Louis-1904 e Londres-1908, a Olimpíada foi disputada em menos de três meses e teve um alto nível de competitividade. Com a participação de 2407 atletas de 28 países (recorde até então), os Jogos de Estocolmo-1912 tiveram 14 esportes no programa - a edição anterior contou com 22 esportes, em sua maioria já extinta.
Para abrigar as principais provas do atletismo, os suecos construíram um estádio Olímpico que mais lembrava uma fortaleza medieval, com seus tijolos de cor cinza-vulcânica. Com capacidade para 32 mil espectadores, o estádio foi planejado pelo arquiteto Torben Grut.
A boa impressão deixada por Estocolmo é vista por alguns especialistas como a grande responsável por manter aceso o movimento olímpico mesmo após a Primeira Guerra Mundial. Destruída, a Antuérpia foi o palco de 1920 sonhando em poder repetir os feitos dos Jogos suecos.


1920 Antuérpia

Dois anos após o fim da Primeira Guerra Mundial, a Bélgica foi o local escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional para sediar a sexta Olimpíadas da história. Em um cenário de destruição, a Antuérpia teve que se virar como pôde para abrigar o evento.
O mais importante para as nações participantes era ter de volta os Jogos Olímpicos, cancelados em 1916 por conta do conflito. Ao indicar Berlim como sede das Olimpíadas 1916, o Barão de Coubertin, então presidente do COI, ainda esperava contribuir para a paz na Europa e, assim, evitar o conflito.
A iniciativa, porém, não deu resultado. Quando se iniciaram as hostilidades, Coubertin fez pressão sobre os outros membros do comitê para mudar a sede dos Jogos para os Estados Unidos ou para a Escandinávia, regiões ainda não envolvidas no conflito. O COI recusou a proposta e, em 1915, quando se tornou evidente que a Alemanha não teria condições de abrigar os Jogos, a entidade anunciou o cancelamento das Olimpíadas.

1924 Paris
Paris precisou de todo o empenho do Barão de Coubertin para ser escolhida sede dos Jogos Olímpicos. O fracasso da edição de 1900 ainda estava presente na lembrança dos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), fato que os inclinava a escolher entre Amsterdã e Los Angeles. Porém, a promessa de que as duas cidades seriam as escolhidas para os Jogos seguintes acabou pesando a favor dos parisienses. Os organizadores franceses, no entanto, atrasaram no cumprimento dos prazos, fazendo com que o próprio Coubertin ameaçasse levar o evento para Lyon.
Depois disso, Paris acordou e deu início às obras para poder apagar a péssima imagem deixada em 1900. A cidade ofereceu aos mais de três mil atletas instalações funcionais da primeira Vila Olímpica e um estádio de 60 mil lugares, em Colombes, além da primeira verdadeira piscina olímpica, construída em Tourelles, no Porte dês Lilás. A piscina tinha 50 m de comprimento, plataformas de largada e linhas de cortiça dividindo as raias.
Outra novidade nos Jogos foi o hasteamento durante a cerimônia de abertura de três bandeiras - do COI, da cidade-sede e da cidade designada para organizar os Jogos seguintes.
Nos Jogos de Paris, o número de países participantes chegou a 44, recorde até então. Mesmo assim, a política outra vez interferiu no esporte, e o COI não convidou a Alemanha para participar dos Jogos.

1928 Amsterda

Após ser preterida duas vezes pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) como sede da Olimpíada, a cidade de Amsterdã, na Holanda, organizou os Jogos Olímpicos de 1928 mesmo com o veto da rainha holandesa, Guilhermina, que considerava o evento esportivo uma manifestação pagã.
Um Estádio Olímpico foi construído especialmente para a Olimpíada. Com capacidade para 40 mil espectadores, a construção tinha uma pista atlética de 400 metros, rodeada de um velódromo de 500 metros.

Pela primeira vez na história, uma edição da Olimpíada foi realizada sem a presença do Barão de Coubertin. Criador dos Jogos Olímpicos modernos e então presidente do COI, o Barão afastou-se do cargo em 1925, acreditando que sua missão estava cumprida. Coubertin também estava desiludido com a crescente profissionalização do esporte, que desvirtuava o ideal olímpico pregado pelo francês, e se refugiou na Suíça.

No aspecto esportivo, os Jogos registraram o retorno dos países que não vinham sendo convidados desde 1920 por causa da Primeira Guerra Mundial (Alemanha, Áustria, Hungria, Turquia e Bulgária).


Los Angeles

A crise da bolsa de 29 fez o mundo duvidar do poderio econômico dos EUA e a economia norte-americana só começaria a se recuperar em 1933, com o New Deal do presidente Roosevelt. No esporte, porém, a resposta veio já em 1932, com os Jogos Olímpicos de Los Angeles.
Apesar do crash da bolsa de valores de Nova York em 1929, não faltou dinheiro para organizar os Jogos. Graças ao patrocínio de US$ 1,5 milhão da prefeitura de Los Angeles e o apoio da iniciativa privada, várias instalações foram construídas ou reformadas. O estádio olímpico, por exemplo, teve a capacidade ampliada de 70 mil para 100 mil lugares. Construiu-se, também, um estádio hípico e o campo de futebol americano da Universidade de Pasadena foi transformado em velódromo para 85 mil espectadores.




Berlim

Berlin foi eleita para receber os Jogos Olímpicos de 1936 cinco anos antes, quando o nazismo ainda não tinha chegado ao poder na Alemanha. Com a ascensão do 3º Reich, porém, o Comitê Olímpico Internacional (COI) tentou tirar os Jogos dos alemães, sem sucesso. Os norte-americanos, inclusive, programaram os Jogos Alternativos em Barcelona, cancelados devido à Guerra Civil Espanhola.
Os nazistas não pouparam esforços para fazer das Olimpíadas propaganda do regime. Os melhores engenheiros do Reich projetaram o estádio Olímpico, que custou US$ 30 milhões. Todas as grandes indústrias alemãs colaboraram, visando fazer dos Jogos um momento histórico para a glória de Adolf Hitler


Verão de 1940
1940 Jogos Olímpicos de Verão, oficialmente conhecidos como os Jogos da Olimpíada XII e originalmente programados para ser realizada a partir de 21 setembro - 6 outubro de 1940, em Tóquio , no Japão, foram cancelados devido ao surto da Segunda Guerra Mundial. Tóquio foi destituído de seu status de anfitrião para os Jogos pelo COI após a renúncia pelos japoneses do Cairo do COI Conferência de 1938, devido à eclosão da Segunda Guerra Sino-Japonesa. O governo do Japão havia abandonado seu apoio aos Jogos de 1940, em julho de 1938. O COI então concedidos os Jogos de Helsinque, na Finlândia, o vice-campeão no processo de licitação original. Os Jogos foram, então, programado para ser encenado a partir de 20 julho - 4 agosto de 1940. Os Jogos Olímpicos foram suspensos por tempo indeterminado após a eclosão da Segunda Guerra Mundial e não recomeçar até a Londres Jogos de 1948

 .

Verão – 1944
Pela terceira vez na história das Olimpíadas Modernas uma edição dos Jogos Olímpicos não foi realizada. A Segunda Guerra Mundial provocou o cancelamento da segunda Olimpíada consecutiva (1940 e 1944).


Londres 1948



As Olimpíadas de Londres, em 1948, foram a resposta do Movimento Olímpico para a Segunda Guerra Mundial, que foi de 1939 a 1945. Após um intervalo de 12 anos, um conflito mundial que deixou um saldo de 20 milhões de mortos e sem o Barão de Coubertin, que morreu em 1937, os Jogos Olímpicos só renasceu graças ao entusiasmo de alguns membros do COI (Comitê Olímpico Internacional).
Após a morte Coubertin, em 1937, e do seu sucessor, o belga Henri Baillet-Latour - que faleceu ao ser comunicado da morte em combate de seu filho -, o Movimento Olímpico estava fraco. Tanto que o presidente interino do COI, o sueco Sigfrid Edstroem, convocou o comitê executivo e só compareceram à reunião o norte-americano Avery Brundage e o britânico Lord Aberdale.
Com a Guerra, as edições dos Jogos marcadas para Tóquio e Londres foram canceladas. Em 1948, Tóquio ainda não tinha condições de organizar os Jogos e deixou a disputa. Londres herdou o direito de organizar os Jogos após vencer, em fevereiro de 1946, em votação pelo correio, a suíça Lausanne e quatro cidades norte-americanas: Baltimore, Los Angeles, Minneapolis e Filadélfia.


Helsinque 1952


A cidade de Helsinque, na Finlândia, tinha apenas 367 mil habitantes em 1952, quando recebeu os Jogos Olímpicos. Nunca uma cidade tão pequena abrigou o evento. Exemplo da grandiosidade olímpica em relação às pequenas proporções da capital finlandesa é o estádio Olímpico: com 70 mil lugares, o local poderia acolher um quinto dos habitantes da cidade sede.
Os Jogos "intimistas" marcaram o primeiro confronto entre as duas grandes potências mundiais esportivas, que dominariam o movimento olímpico desde então. Pela primeira vez desde a Revolução Bolchevique de 1917 a União Soviética esteve presente - apesar de competir em campeonatos europeus de algumas modalidades, apenas em 1951 os soviéticos pediram reconhecimento ao COI.
Com isso, os EUA tinham uma ameaça real a sua supremacia - desde St. Louis-1904, os norte-americanos só perderam os Jogos de Berlin-1936, para a Alemanha. No quadro geral de medalhas, os EUA dominaram com 40 ouros contra 22, mas a União Soviética chegou perto no número total de pódios, com 71 contra 76.



Melbourne 1956


Em 1956, quando Adhemar Ferreira da Silva saltou 16,35 m na final do salto triplo, bateu um recorde que perduraria pelos próximos 48 anos. A marca não foi a melhor do mundo à época, nem mesmo a melhor da carreira do saltador. Mas foi com ela que Adhemar chegou ao bicampeonato olímpico, feito só igualado por brasileiros nos Jogos de Atenas, em 2004, pelos velejadores Torben Grael e Robert Scheidt e pelos jogadores de vôlei Maurício e Giovane.
O atleta paulista foi o único destaque do Brasil nas Olimpíadas de Melbourne. Com a distância, o alto custa da viagem e o cenário internacional incerto, apenas 48 brasileiros disputaram os Jogos. Em Helsinque-1952, a delegação verde-amarela teve 107 representantes.
Adhemar foi o único brasileiro a ganhar uma medalha em Melbourne. Como campeão olímpico em 1952, ele tinha quebrado o recorde mundial da prova em 1955, com a marca de 16,55 metros, nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México. Em 1956, o brasileiro superou o islandês Vilhjalmur Einarsson, com a marca de 16,35m. A marca, 15 cm a menos do que seu recorde pessoal, era o novo recorde olímpico.

Roma 1960
A decepção de 1908, quando Roma teve de abdicar de organizar os Jogos Olímpicos por causa da erupção do Monte Vesúvio aumentou ainda mais a importância dos Jogos de 1960. Para celebrar a volta das Olimpíadas, os italianos usaram seus principais pontos turísticos para receber provas.
A chegada da Maratona, por exemplo, foi no Arco de Constantino. A competição de luta livre, na Basílica de Constantino, nas ruínas do Fórum Romano, e a ginástica, nas Termas de Caracala. Tudo para lembrar que Roma recebeu as Olimpíadas da antigüidade, até a proibição do imperador Teodósio em 393.
Apesar da opção pelo clássico, Roma investiu para organizar a competição. Para construir novas instalações e infra-estrutura necessárias, o comitê organizador gastou US$ 30 milhões. O aeroporto internacional de Fiumicino, por exemplo, foi construído para os Jogos.
Tóquio 1964
Fora da Europa, nenhum país sofreu tanto com a Segunda Guerra Mundial quanto o Japão, atingido por duas bombas nucleares norte-americanas. Depois de 19 anos da bomba de Hiroshima, os japoneses usaram as Olimpíadas para provar que estavam renascendo.
Em 1964, os Jogos foram disputados pela primeira vez no continente asiático. Tóquio já tinha sido eleita como sede olímpica de 1940, mas a capital japonesa desistiu em 1937, por causa do início da guerra contra a China. Em 1959, a cidade voltou vencer as eleições do COI, para os Jogos de 64.
Foram investidos US$ 3 bilhões na construção de complexos esportivos, na infra-estrutura e no sistema de transporte da cidade, na época com mais de 10 milhões de habitantes. Grande parte desse valor veio da ajuda dos Estados Unidos, ainda em dívida com os japoneses pelos danos causados durante a Guerra.



México 1968



As Olimpíadas de 1968, na Cidade do México, apresentaram o mundo a dois tipos de doping. O primeiro, natural, resultado da altitude: disputados a 2.240 metros do nível do mar, com resistência do ar menor e 30% de oxigênio a menos, os Jogos tiveram 68 recordes mundiais e 301 recordes olímpicos quebrados.
O segundo, artificial. A Cidade do México viu, pela primeira vez, o controle antidoping em Olimpíadas. Somente um atleta foi eliminado por testar positivo a substâncias proibidas - o sueco Hans-Gunnar Liljenvall, do pentatlo moderno, por excesso de álcool.
Além disso, testes de comprovação de sexo para as provas femininas foram adotados, pelas suspeitas sobre as características físicas de algumas campeãs dos países do bloco socialista. Nenhuma mulher foi desclassificada, mas muitas atletas importantes não se inscreveram para os Jogos.
Munique 1972

A Olimpíada de Munique imaginava ficar na história por seu gigantismo, mas acabou ficando marcada pela matança de 18 pessoas, entre atletas israelenses, terroristas palestinos e policiais. Pela primeira vez, o maior evento esportivo do mundo foi paralisado. Cogitou-se suspender os Jogos, mas o COI decidiu manter a programação original.
O mundo se comoveu na manhã do dia 5 de setembro, quando um grupo de terroristas palestinos da organização Setembro Negro invadiu a Vila Olímpica de Munique e ingressou nos dormitórios da delegação israelense. Duas pessoas foram assassinadas imediatamente e outras nove foram feitas reféns do grupo. Os terroristas pediram a libertação de 200 árabes prisioneiros em Israel e ameaçaram executar dois reféns a cada hora.
As competições tiveram que ser suspensas, enquanto seguiam as negociações entre os palestinos e as autoridades alemãs. A Vila Olímpica foi cercada por 4000 policiais. Com a chegada da noite, a polícia convenceu o comando a seguir para o Cairo (Egito). Dois helicópteros partiram com os oito palestinos e os nove reféns em direção ao aeroporto militar. Na chegada ao aeroporto, a polícia lançou um ataque que resultou em verdadeiro fracasso: morreram 18 pessoas, entre elas os nove reféns, cinco terroristas palestinos, um policial e o piloto de um dos helicópteros.



Montreal 1976


Com a experiência recente do atentado de Munique, o Comitê Olímpico Internacional indicou a cidade canadense de Montreal confiante no renascimento dos Jogos. Cerca de 16 mil soldados protegeram a competição, mas nenhuma ocorrência grave foi registrada.
Logo após a cerimônia de abertura, porém, a paz deixou de reinar. Liderados pela Tanzânia, 22 países africanos abandonaram os Jogos por discordarem da participação da Nova Zelândia, porque a seleção de rúgbi (esporte não-olímpico) tinha realizado uma turnê pela África do Sul, excluída do torneio devido ao apartheid. Iraque, Líbano e Guiana aderiram ao boicote.
O combate antidoping do COI entrou em nova fase. Os três medalhistas em cada prova foram submetidos ao controle, além de outros escolhidos por sorteio. Foram realizados 2 mil exames, que detectaram onze casos positivos, dos quais oito de levantadores de peso. No tiro esportivo, um atleta de Mônaco de 65 anos, Paulo Cerutti, foi desclassificado por tomar anfetaminas. A polonesa Danuta Rosani, do arremesso do disco, tornou-se a primeira mulher pega no atletismo.
Na soma das medalhas, pela primeira vez os Estados Unidos ficaram em terceiro lugar no quadro geral, atrás de União Soviética e Alemanha Oriental.



Moscou 1980



A Olimpíada de Moscou tinha tudo para ser grandiosa. Desde 1974, quando a escolha foi anunciada, a capital russa preparou-se para apresentar ao mundo uma Olimpíada para a glória do regime comunista. Mas, no ano olímpico, as diferenças políticas levaram a um boicote majoritário, que transformou e esvaziou o torneio.
A invasão das forças soviéticas ao Afeganistão em dezembro de 1979 fez o presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, anunciar um boicote aos Jogos. No total, 61 países aderiram ao apelo dos EUA. Com isso competições aguardadas como basquete, atletismo e natação, perderam o brilho.
Somente 80 países – o menor número desde 1956 – estiveram presentes (apenas 5.179 atletas, 4.064 homens e 1.115 mulheres). Outros, como Reino Unido, França, Itália, Austrália, Suécia e Holanda preservaram o espírito olímpico com ressalvas. A bandeira olímpica foi o estandarte utilizado por 16 delegações. Na cerimônia das medalhas, alguns países também optaram pela bandeira e o hino do COI.



Los Angeles 1984

Depois da debandada de Moscou, foi a vez dos soviéticos revidarem o boicote dos Estados Unidos. Mas nem a ausência da União Soviética e seu bloco de aliados socialistas, como Cuba e a Alemanha Oriental, impediu que Los Angeles obtivesse um número recorde de países participantes: 140. Os Jogos também marcaram a volta da China à competição após 32 anos de ausência.
Os Estados Unidos receberam uma Olimpíada depois de 52 anos. Bem-organizados, os Jogos de Los Angeles mostraram um show de tecnologia. Na cerimônia de abertura, o ponto alto foi quando um homem voou sobre o estádio Coliseum com uma mochila a jato.
Sem os principais rivais, os norte-americanos lideraram a competição com 174 medalhas, mais do que o triplo da Romênia, segunda colocada com 53.



Seul 1988


Depois de três edições tumultuadas, a grande maioria dos países filiados ao Comitê Olímpico Internacional (COI) voltou a participar dos Jogos em Seul. Após os boicotes de africanos em Montreal-1976, norte-americanos em Moscou-1980 e soviéticos em Los Angeles-1984, a Olimpíada enfim foi disputada pelas maiores potências do esporte, com exceção de Cuba.
A maior preocupação do COI em relação a Seul era a falta de apoio popular do governo sul-coreano e a constante hostilidade com a vizinha do norte. Sob pressão, os organizadores oficializaram um convite à Coréia do Norte, que preferiu não participar. Na cerimônia de abertura, o vencedor da maratona olímpica de 1936, em Berlim, Song Kee-chung, obrigado, na época, a competir sob a bandeira do Japão, levou a tocha olímpica.




Barcelona 1992

A cidade de Barcelona esperou quase 70 anos para poder abrigar os Jogos Olímpicos. Em 1924, as Olimpíadas tinham sido prometidas à cidade espanhola, porém o fundador Pierre de Fredy, o barão de Coubertin, acabou escolhendo Paris. Em 1936, três anos após a subida do nazismo ao poder na Alemanha, os Jogos iriam novamente para Barcelona, mas a Guerra Civil Espanhola postergou o evento mais uma vez.
Depois dos Jogos de Seul, em 1988, o mundo passou por grandes transformações na sua geopolítica. O apartheid foi banido da África do Sul, o que possibilitou o retorno do país aos Jogos. Alemanha se reunificou após a queda do muro de Berlim, em 1989. A União Soviética fragmentou-se em 15 novas repúblicas no ano da véspera da competição. Voltaram as Jogos a Estônia, Letônia e Lituânia, ausentes há mais de meio século dos Jogos por causa da ocupação soviética, também participaram.
As repúblicas da antiga União Soviética desfilaram em Barcelona sob o nome de Comunidade dos Estados Independentes (CEI), mas quando subiram ao pódio os atletas tiveram içadas as bandeiras de seus próprios países. A Albânia, livre da ditadura, voltou aos Jogos após 30 anos. Cuba, Coréia do Norte e Etiópia também encerraram seu boicote. A Iugoslávia, sancionada pelas Nações Unidas pela agressão militar à Croácia e à Bósnia, foi proibida de participar das competições por equipes, mas os atletas do país puderam competir como "atletas olímpicos independentes". A chama olímpica foi acesa com uma flecha lançada pelo arqueiro paraolímpico espanhol Antonio Rebollo



Atlanta 1996

Os Jogos do Centenário das Olimpíadas deveriam ter sido realizados em Atenas, na Grécia. No entanto, acabaram cedidos a Atlanta, na Geórgia, pela pressão exercida pela Coca-Cola, que tem sede na cidade. Com a participação de mais de 10 mil atletas e 197 países, os Jogos deram novo passo ao gigantismo, mas os problemas de segurança deram brecha a um episódio que abalou a competição.
Na madrugada do dia 27 de julho, uma explosão no Parque Centenário, no centro da cidade, deixou dois mortos e mais de 100 feridos. O incidente gerou uma onda ainda maior de críticas aos Jogos, já que a presença de 35 mil soldados e o FBI não impediram o ato terrorista.
O presidente norte-americano Bill Clinton prometeu tomar todas as medidas necessárias para proteger os atletas. Umas três horas após a explosão, o Comitê Olímpico Internacional reagiu através de seu vice-presidente, o príncipe Alexandre de Merode, que garantiu a continuidade dos Jogos. No dia seguinte, as competições se realizaram normalmente, após um minuto de silêncio em cada uma das instalações. Outros problemas foram o calor intenso de Atlanta e o grande congestionamento.


Sydney 2000



A escolha de Sydney como sede dos Jogos de 2000 foi uma grande surpresa. A favorita era Pequim, na China, que tinha vencido a primeira votação com mais da metade dos votos. No segundo turno, a vitória foi da cidade australiana por apenas dois votos de diferença.
A Olimpíada australiana pode ser considerada a Olimpíada dos números. Foram batidos os recordes de atletas participantes, países, mulheres, jornalistas, voluntários, esportes, provas, medalhas, direitos de TV e espectadores. Livre de boicote e atentados, o maior problema do evento foi o fuso horário, que prejudicou o maior público mundial, o Ocidente. Os EUA, por exemplo, não transmitiram nenhuma prova ao vivo, muito também pela decisão da NBC, que detinha os direitos de divulgação.
O grande momento na cerimônia de abertura foi o desfile das delegações das duas Coréias, unidas sob uma mesma bandeira, e os atletas do Timor Leste, nação recém-desligada da Indonésia, que desfilaram sob a bandeira olímpica.
Nos Jogos de Sydney, os organizadores tiveram um cuidado especial com o meio ambiente. Pela primeira vez, grupos ecológicos como o Greenpeace acompanharam a organização. A baía de Homebush, conhecida como o maior esgoto da Austrália, sofreu uma transformação espetacular, convertendo-se em um parque natural. A Vila Olímpica também recebeu energia solar.



Atenas 2004



Desacreditada e ameaçada pelo Comitê Olímpico Internacional de ter seu direito de sede dos Jogos cassado, Atenas calou os críticos ao conseguir passar os 16 dias sem qualquer incidente na organização. A segurança assustava grande parte das delegações, já que os Jogos de 2004 foram os primeiros após os atentados de 11/09/2001 (em Nova York) e 11/03/2004 (em Madri).
Os problemas de atrasos nas entregas das praças olímpicas foram esquecidos na cerimônia de abertura, que remeteu à Antigüidade e explorou ao máximo o fato de os gregos terem criado a Olimpíada. O único revés ocorreu no último dia de competição, durante a maratona, para tristeza dos torcedores brasileiros. À frente na disputa masculina, Vanderlei Cordeiro foi alvo do ataque de um manifestante religioso, o padre irlandês Cornélius Horan, que furou a segurança. Com ajuda de outro espectador da prova, Vanderlei conseguiu voltar à corrida, mas demorou para retomar seu ritmo e ficou com o bronze. O maratonista recebeu também a medalha do Barão de Cobertin, e tornou-se o herói olímpico de Atenas.
O doping também chamou a atenção nos gregos. Logo antes das Olimpíadas, na véspera do dia 13 de agosto, Costas Kenteris e Ekaterina Thanou, duas estrelas do atletismo local, faltaram aos exames antidoping obrigatórios e depois sofreram um misterioso acidente de moto. Ambos não competiram e decepcionaram os fãs. No total, Atenas-2004 registrou 24 casos positivos. Para o Comitê Olímpico, resultado da rígida política de controle. O próprio presidente do COI, Jacques Rogge, já alertava que a edição grega bateria o recorde de registros.


Pequim 2008

Aconteceu, no mês de agosto de 2008, na cidade chinesa de Pequim (Beijing), os XXIX Jogos Olímpicos. A abertura foi realizada  no dia 08 de agosto (cerimônia às 20 horas na China e 9 horas de Brasília) e durou cerca de 4 horas. A cerimônia de encerramento ocorreu no dia 24 do mesmo mês. O lema dos jogos foi "Nova Beijing (Pequim), Grandes Olimpíadas".

As cerimônias de abertura e encerramento foram vistas pela televisão por, aproximadamente, 4 bilhões de pessoas no mundo todo.


Londres 2012
   Os Jogos Olímpicos de Londres, na Inglaterra, acontecem de 27 de julho a 12 de agosto de 2012. Já os Jogos Paraolímpicos ocorrerão de 29 de agosto a 9 de setembro do mesmo ano.


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Conheça os atletas paraolímpicos que são esperança do Brasil em Londres 2012

Eles podem não ser celebridades esportivas tão conhecidas quanto César Cielo, Neymar e Maurren Maggi, mas têm trazido diversas medalhas olímpicas para o Brasil.
Nos Jogos Paraolímpicos de Pequim 2008, o Brasil conquistou 47 medalhas (16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes), deixando o país no 9º lugar na colocação geral do evento.
Em Londres 2012, o Brasil será representado por 182 atletas paraolímpicos, e a meta do Comitê Paralímpico Brasileiro é ficar entre os sete primeiros colocados no quadro geral de medalhas.
Com base em resultados recentes e a expectativa do comitê, a lista abaixo destaca alguns dos atletas mais cotados para conquistar medalhas para o país nesta Paraolimpíada, que termina em 9 de setembro:

Daniel Dias é dono de cinco recordes mundiais na natação e será porta-bandeira do Brasil

Terezinha é a deficiente visual mais rápida do mundo nos 100m, 200m e 400m
Daniele vai para sua terceira Paraolimpíada

Jane, que superou um câncer em 2010, diz que estar em Londres já é uma grande vitória
Seleção busca tricampeonato em Londres 2012
Dirceu tem duas medalhas de ouro dos Paraolímpicos de Pequim

 

 

Paralimpíadas: Brasil desfila na abertura


Com o nadador Daniel Dias de porta-bandeira, a delegação brasileira adentrou o Estádio Olímpico, nesta quarta-feira, na Cerimônia de Abertura da Paralimpíada de Londres, esbanjando sorrisos e animação. Com a mesma roupa da cerimônia olímpica - calças verdes ou amarelas, terno e cachecol com as cores nacionais -, a delegação brasileira ficou marcada pela grande quantidade de pessoas no desfile.
O País foi o 19º a desfilar na Cerimônia de Abertura, entrando no Estádio Olímpio antes do imaginado, já que Benin desistiu de participar do evento pouco antes do começo dos festejos. Além das festas e da alegria no rosto dos brasileiros, alguns atletas ainda pintaram seus rostos com as cores do Brasil.

Responsável por carregar a bandeira nacional no evento, o nadador Daniel Dias distribuiu sorrisos às câmeras e ao público no estádio. Vencedor de nove medalhas nos Jogos Paralímpicos de 2008 - quatro de ouro -, o atleta de 24 anos é detentor do recorde mundial nas provas de 100 m e 200 m livre, 100 m costa e 200 m medley, sendo uma das maiores esperanças brasileiras por medalhas.

Em Londres, o Brasil competirá com 181 atletas, sendo 114 homens e 67 mulheres. Em Pequim 2008 o País conquistou 49 medalhas - 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes - e a esperança para Londres 2012 é ainda maior.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

 
 
As paraolímpiadas realizadas até hoje foram as seguintes:
  • Paraolimpíada de Roma- 1960
  • Paraolimpíada de Tóquio- 1964
  • Paraolimpíada de Tel Avive- 1968
  • Paraolimpíada de Heidelberg- 1972
  • Paraolimpíada de Toronto- 1976
  • Paraolimpíada de Arhem- 1980
  • Paraolimpíada de Nova Iorque- 1984
  • Paraolimpíada de Seul- 1988
  • Paraolimpíada de Barcelona- 1992
  • Paraolimpíada de Atlanta- 1996
  • Paraolimpíada de Sydney- 2000
  • Paraolimpíada de Atenas- 2004
  • Paraolimpíada de Beijing- 2008
 
 
 
Modalidades


Atletismo - Desde os Jogos de Roma, em 1960, o atletismo faz parte oficialmente do esporte paraolímpico. As primeiras medalhas do Brasil em paraolimpíadas nesta modalidade vieram em 1984, em Nova Iorque e em Stoke Mandeville, Inglaterra. Atletas com deficiência física e visual, de ambos os sexos, podem praticar a modalidade. As provas são de acordo com a deficiência dos competidores, divididas entre corridas, saltos, lançamentos e arremessos.

Nas provas de pista (corridas), dependendo do grau de deficiência visual do atleta, ele pode ser acompanhado por um atleta-guia, que corre ao seu lado ligado por uma cordinha. O guia tem a função de direcionar o atleta, mas não deve puxá-lo, sob pena de desclassificação. As competições seguem as regras da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), com algumas adaptações para o uso de próteses, cadeira de rodas ou guia, mas sem oferecer vantagem em relação aos seus adversários.



Basquetebol em Cadeira de Rodas- O basquete em cadeira de rodas começou a ser praticado nos Estados Unidos, em 1945. Os jogadores eram ex-soldados do exército norte-americano feridos durante a 2ª Guerra Mundial. A modalidade é uma das poucas que esteve presente em todas as edições dos Jogos Paraolímpicos.

Nesta categoria, as mulheres disputaram a primeira paraolimpíada em Tel Aviv, em 1968. O basquete em cadeira de rodas foi a primeira modalidade paraolímpica a ser praticada no Brasil, em 1958. A modalidade é praticada por atletas de ambos os sexos que tenham alguma deficiência físico-motora de acordo com as regras adaptadas da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF).

As cadeiras são adaptadas, padronizadas e previstas em regras. A cada dois toques na cadeira, jogador deve quicar, passar ou arremessar a bola. As dimensões da quadra e a altura da cesta são as mesmas do basquete olímpico.



Bocha- A bocha estreou no programa paraolímpico oficial em 1984 na cidade de Nova Iorque, com disputas individuais no feminino e masculino. Competem paralisados cerebrais severos que utilizam cadeira de rodas. Em Atlanta 1996 foi incluído o jogo de duplas. O objetivo do jogo é lançar bolas coloridas o mais perto possível de uma bola branca chamada de “jack” (conhecida no Brasil como “bolim”).

É permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxílio para atletas com grande comprometimento nos membros superiores e inferiores. Há três maneiras de se praticar o esporte: individual, duplas ou equipes. Antes de começar a partida, o árbitro tira na moeda (cara ou coroa) o direito de escolher se quer competir com as bolas de couro vermelhas ou azuis. As partidas ocorrem em quadras cobertas, planas e com demarcações no piso.

As partidas são divididas em “ends”, que só terminam após o lançamento de todas as bolas. Um limite de tempo é estabelecido por “end”, de acordo com o tipo de disputa. Nas competições individuais, são quatro “ends” e os atletas jogam seis esferas em cada um deles. Nas duplas, os confrontos têm quatro partes e cada atleta tem direito a três bolas por período. Quando a disputa é por trios, seis “ends” compõem as partidas. Neste caso, todos os jogadores têm direito a duas esferas por parte do jogo.



Ciclismo- O ciclismo começou na década de 80, quando somente deficientes visuais competiam. Anos depois ,o Brasil estreou nos Jogos Paraolímpicos, em Barcelona 1992. Paralisados cerebrais, deficientes visuais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes), de ambos os sexos, competem no ciclismo.

A Paraolimpíada de Nova Iorque 1984 foi a primeira com atletas paralisados cerebrais, amputados e deficientes visuais. Em Seul 1988, o ciclismo de estrada entrou no programa oficial de disputas. A partir de Atlanta 1996, cada tipo de deficiência passou a ser avaliado de forma específica. Na edição dos jogos em Beijing foram incluídas provas de velódromo. Paralisados cerebrais, deficientes visuais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes), de ambos os sexos, competem no ciclismo.

Existem duas maneiras de ser praticada: individual ou em equipe. As regras seguem as da União Internacional de Ciclismo (UCI), mas com pequenas alterações relativas à segurança e classificação dos atletas. As bicicletas podem ser de modelos convencionais ou triciclos para paralisados cerebrais, segundo o grau de lesão. O ciclista cego compete em uma bicicleta dupla – conhecida como “tandem” – com um guia no banco da frente dando a direção. Para os cadeirantes, a bicicleta é “pedalada” com as mãos: é o handcycling. As provas são de velódromo, estrada e contra-relógio.

No velódromo, as bicicletas não têm marchas e a competição acontece em uma pista oval que tem entre 250 e 325 metros de extensão. Velocidade em todas as provas é fundamental. Na estrada, os ciclistas de cada categoria largam ao mesmo tempo. As competições são as mais longas da modalidade, com até 120 km de percurso. As disputas contra-relógio exigem mais velocidade que resistência. Os atletas largam de um em um minuto, pedalando contra o tempo. Nesta prova a posição dos ciclistas na pista não diz, necessariamente, a colocação real em que se encontram, pois tudo depende do tempo.




Esgrima em Cadeira de Rodas- Modalidade para atletas em cadeiras de rodas.O programa tem 15 provas - equipes e individuais, masculinas e femininas, em florete e espada. Só os homens é que competem com sabre. As cadeiras de rodas são presas ao chão para dar estabilidade e permitir a liberdade de movimentos na parte superior do corpo do esgrimista. Os atletas estão ligados a uma caixa eletrônica que conta os toques da arma.

Nas provas individuais, o primeiro esgrimista a marcar 5 toques em pools e 15 toques em eliminação direta é declarado vencedor.Nas provas por equipe, ganham os primeiros a marcar 45 toques. A esgrima em cadeiras de rodas foi inserida nos Jogos Paraolímpicos de Roma 1960.



Futebol de Cinco- Existem relatos que no Brasil, na década de 50, cegos jogavam futebol com latas. Em 1978, nas Olimpíadas das APAES, em Natal, foi realizado o primeiro campeonato de futebol com jogadores deficientes visuais. A primeira Copa Brasil foi em 1984, na capital paulista. Das quatro edições da Copa América, os brasileiros trouxeram três ouros: em 1997, na capital paraguaia Assunção; em 2001, na cidade paulista de Paulínia; e em 2003, na capital colombiana de Bogotá – título que garantiu a presença da seleção em Atenas.

Em Buenos Aires, em 1999, na Copa América, os brasileiros ganharam dos argentinos. Em 1998, o Brasil sediou o primeiro Mundial de futebol e levou o título. Dois anos depois, em Jerez de La Frontera, na Espanha, a seleção se sagrou campeã novamente. Em Atenas 2004 a seleção masculina do Brasil estreou nos Jogos Paraolímpicos e conquistou a medalha de ouro numa vitória sobre a Argentina por 3 a 2 nos pênaltis. O futebol de cinco é exclusivo para cegos ou deficientes visuais.

As partidas normalmente são em uma quadra de futsal adaptada, mas desde os Jogos Paraolímpicos de Atenas também vem sendo praticado em campos de grama sintética. O goleiro tem visão total e não pode ter participado de competições oficiais da FIFA nos últimos cinco anos. Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia do campo. Cada time é formado por cinco jogadores – um goleiro e quatro na linha. Diferente dos estádios com a torcida gritando, as partidas de futebol de cinco são silenciosas, em locais sem eco.

A bola tem guizos internos para que os atletas consigam localizá-la. A torcida só pode se manifestar na hora do gol. Os jogadores usam uma venda nos olhos e se tocá-la é falta. Com cinco infrações o atleta é expulso de campo e pode ser substituído por outro jogador. Há ainda um guia, o “chamador”, que fica atrás do gol, para orientar os jogadores, dizendo onde devem se posicionar em campo e para onde devem chutar. O jogo tem dois tempos de 25 minutos cada e um intervalo de 10 minutos.

Goalball-- Em 1978 surgiu o futebol de 7 para paralisados cerebrais. E foi na cidade de Edimburgo, na Escócia, que aconteceram as primeiras partidas. A primeira Paraolimpíada em que a modalidade esteve presente foi em Nova Iorque 1984. Em Barcelona 1992, o Brasil estreou nos Jogos Paraolímpicos e ficou em sexto lugar. O futebol de sete é praticado por atletas do sexo masculino, com paralisia cerebral, decorrente de seqüelas de traumatismo crânio-encefálico ou acidentes vasculares cerebrais.

As regras são da FIFA, mas com algumas adaptações feitas pela Associação Internacional de Esporte e Recreação para Paralisados Cerebrais (CP-ISRA). O campo tem no máximo 75 m x 55 m, com balizas de 5 m x 2 m e a marca do pênalti fica a 9,20m do centro da linha de gol. Cada time tem sete jogadores (incluindo o goleiro) e cinco reservas. A partida dura 60 minutos, divididos em dois tempos de 30, com um intervalo de 15 minutos. Não existe regra para impedimento e a cobrança lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola no chão. Os jogadores pertencem às classes menos afetadas pela paralisia cerebral e não usam cadeira de rodas.



Goalball- O goalball foi criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorezen e pelo alemão Sepp Reindle, que tinham como objetivo reabilitar veteranos da Segunda Guerra Mundial que perderam a visão. Nos Jogos de Toronto 1976, sete equipes masculinas apresentaram a modalidade aos presentes. Dois anos depois foi realizado o primeiro Campeonato Mundial de Goalball, na Áustria. Em 1980, na Paraolimpíada de Arnhem, o esporte passou a integrar o programa paraolímpico. Em 1982, a Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) começou a gerenciar a modalidade. As mulheres entraram para o goalball nas Paraolimpíadas de Nova Iorque, em 1984.

A modalidade foi implementada no Brasil em 1985. Inicialmente, o Clube de Apoio ao Deficiente Visual (CADEVI) e a Associação de Deficientes Visuais do Paraná (ADEVIPAR) realizaram as primeiras partidas. O primeiro campeonato brasileiro de goalball foi realizado em 1987. Ao contrário de outras modalidades paraolímpicas, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência – neste caso, a visual.

A quadra tem as mesmas dimensões da de vôlei (9 m de largura por 18 m de comprimento). As partidas duram 20 minutos, com dois tempos de 10. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da quadra tem um gol com nove metros de largura e 1,2 de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores.

O arremesso deve ser rasteiro e o objetivo é balançar a rede adversária. A bola possui um guizo em seu interior que emite sons – existem furos que permitem a passagem do som – para que os jogadores saibam sua direção. O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo. A bola tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg. Sua cor é alaranjada e é mais ou menos do tamanho da de basquete. Hoje o goalball é praticado em 112 países nos cinco continentes.






Halterofilismo- O halterofilismo apareceu pela primeira vez em uma paraolimpíada, em 1964, em Tóquio. A deficiência dos atletas era exclusivamente lesão da coluna vertebral. Até os Jogos de Atlanta 1996, somente os homens competiam. Quatro anos depois, em Sydney, as mulheres entraram de vez para a modalidade. Atualmente, 109 países possuem halterofilistas paraolímpicos.

O Brasil estreou nos Jogos de Atlanta, com o atleta Marcelo Motta. No halterofilismo, os atletas permanecem deitados em um banco, e executam um movimento conhecido como supino. A prova começa no momento em que a barra de apoio é retirada – com ou sem a ajuda do auxiliar central – deixando o braço totalmente estendido. O atleta flexiona o braço descendo a barra até a altura do peito.

Em seguida, elevam-na até a posição inicial, finalizando o movimento. Hoje, competem atletas com deficiência física nos membros inferiores ou paralisia cerebral. As categorias são subdivididas pelo peso corporal de cada um. São dez categorias femininas e dez masculinas. O atleta pode realizar o movimento três vezes, sendo validado o maior peso. Os árbitros ficam atentos à execução contínua do movimento e à parada nítida da barra no peito.



Hipismo- A estréia paraolímpica do hipismo foi nos Jogos de Nova Iorque, em 1984. Três anos depois, foi realizado o primeiro Mundial, na Suécia. Mas a modalidade precisava se desenvolver quantitativamente ainda e só voltou ao programa oficial na Paraolimpíada de Sydney 2000.

A única disciplina do Hipismo do Programa Paraolímpico é o adestramento. Em março de 2002, nasceu o hipismo paraolímpico nacional a partir de um curso promovido pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). O hipismo paraolímpico é praticado por atletas com vários tipos de deficiência, em cerca de 40 países.

A competição de hipismo é mista, ou seja, cavaleiros e amazonas competem juntos nas mesmas provas. Outra característica da modalidade é que não só os competidores recebem medalhas, mas os cavalos também.




Judô- A arte marcial foi a primeira modalidade de origem asiática a entrar no programa paraolímpico. Praticada desde a década de 70, teve sua estréia nas Paraolimpíadas em Seul 1988. Na época, só lutaram os homens com deficiência visual. E assim foi em Barcelona, Atlanta e Sydney.

Os Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004 marcam a entrada das mulheres nos tatames. A entidade responsável pelo esporte é a Federação Internacional de Esportes para Cegos, fundada em Paris, em 1981. O judô é a quarta modalidade brasileira a subir no pódio paraolímpico. Atlanta 1996 teve um significado especial: o Brasil conquistou pela primeira vez a medalha de ouro com o judoca Antônio Tenório da Silva, na categoria até 86 kg. Em Sydney, Tenório foi novamente campeão paraolímpico, desta vez na categoria até 90kg. O atleta repetiu o fato em Beijing e entrou para a história do esporte paraolímpico.



Natação- A natação está presente no programa oficial de competições desde a primeira paraolimpíada em Roma 1960. O Brasil começou a brilhar em Stoke Mandeville (1984), onde conquistou cinco medalhas de ouro. E hoje uma potência da natação paraolímpica, tendo vários atletas recordistas mundiais. Na natação competem atletas com todos os tipos de deficiência física e visual em provas dos 50 m aos 400 m no estilo livre, dos 50 m aos 100 m nos estilos peito, costas e borboleta. O medley é disputado em provas de 150 m e 200 m.

As provas são divididas nas categorias masculino e feminino, seguindo as regras do IPC Swimming, órgão responsável pela natação no Comitê Paraolímpico Internacional. As adaptações são feitas nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores cegos recebem um aviso do “tapper”, por meio de um bastão com uma ponta de espuma, quando estão se aproximando das bordas.

A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas de classes mais baixas, que não conseguem sair do bloco. As baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência.




Rúgbi em Cadeira de Rodas- O rúgbi é um esporte para atletas com quadriplegia. Podem disputar a modalidade homens e mulheres em equipes mistas. O rúgbi em cadeira de rodas foi um esporte de demonstração nos Jogos de Atlanta e foi incluído no programa dos Jogos de Sydney, em 2000.




Tênis de Mesa- O tênis de mesa é um dos mais tradicionais esportes paraolímpicos, disputado desde os Jogos de Roma tanto no masculino quanto no feminino. Todas as edições dos Jogos Paraolímpicos tiveram disputas da modalidade. Com o passar dos anos, ocorreram algumas mudanças.

Desde os Jogos de Roma 1960 até Tel Aviv 1968, eram disputadas partidas no individual e em duplas. Em Heidelberg 1972 começaram as disputas por equipes. Toronto 1976 e Arnhem 1980 só tiveram disputas de jogos simples e por equipe. O open entrou no calendário paraolímpico oficial nos Jogos de 1984 e em Seul 1988. Em Barcelona 1992, as disputas passaram a ser apenas no individual e por equipe. Já em Atenas, também teve disputa de duplas. A história do tênis de mesa no Brasil se confunde com a do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), pois a modalidade começou com a fundação do Comitê, em 1995.

No tênis de mesa participam atletas do sexo masculino e feminino com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes. As competições são divididas entre atletas andantes e cadeirantes. Os jogos podem ser individuais, em duplas ou por equipes. As partidas consistem em uma melhor de cinco sets, sendo que cada um deles é disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos. Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem.

A raquete pode ser amarrada na mão do atleta para facilitar o jogo. A instituição responsável pela modalidade é a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF). Em relação ao tênis de mesa convencional existem apenas algumas diferenças nas regras, como na hora do saque para a categoria cadeirante.



Tênis em Cadeira de Rodas- O tênis em cadeira de rodas foi criado em 1976, nos Estados Unidos, por Jeff Minnenbraker e Brad Parks. Eles construíram as primeiras cadeiras adaptadas para o jogo e o difundiram pelo seu País. Em 1977,foi realizado o primeiro torneio da modalidade, em Griffith Park, na Califórnia. O primeiro campeonato nacional nos EUA aconteceu em 1980. Oito anos depois, foi fundada a Federação Internacional de Tênis em Cadeira de Rodas (IWTF).

Em 1988, a modalidade foi exibida nos Jogos Paraolímpicos de Seul. Em 1991, a entidade foi incorporada à Federação Internacional de Tênis (ITF), que hoje é a responsável pela administração, regras e desenvolvimento do esporte em nível global. Barcelona 1992 foi o marco para o tênis em cadeira de rodas, pois passou a valer medalhas. Desde então, homens e mulheres disputam medalhas nas quadras em duplas ou individuais.




Tiro- O tiro estreou na Paraolimpíada de Toronto 1976. Na época, somente os homens competiram. Já nos Jogos de Arnhem 1980, na Holanda, as mulheres entraram com tudo nas disputas, inclusive nas provas mistas. Em 1984, as provas paraolímpicas mistas deixaram de existir, sendo retomadas em Barcelona.

Na ocasião, a categoria mista voltou em substituição ao feminino. A volta dos três tipos de disputa aconteceu nos Jogos de Atlanta 1996. Nos Jogos Paraolímpicos de Sydney 2000, a disputa pelo ouro aconteceu entre homens, mulheres e nos confrontos entre ambos. No Brasil, a modalidade começou a ser praticada em 1997, no Centro de Reabilitação de Polícia Militar do Rio de Janeiro.

O tiro exige precisão apurada. O Comitê de Tiro Esportivo do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) é responsável pela administração da modalidade. As regras das competições têm apenas algumas adaptações. Pessoas amputadas, paraplégicas, tetraplégicas e com outras deficiências locomotoras podem competir tanto no masculino como no feminino.

As regras variam de acordo com a prova, a distância, o tipo do alvo, posição de tiro, número de disparos e o tempo que o atleta tem para atirar. Em cada competição as disputas ocorrem numa fase de classificação e numa final. As pontuações de ambas as fases são somadas e vence quem fizer mais pontos. O alvo é dividido em dez circunferências que valem de um a dez pontos e são subdivididas, cada uma, entre 0.1 e 0.9 pontos. A menor e mais central circunferência é a que vale mais, dez pontos. Sendo assim, o valor máximo que pode ser conseguido é de 10.9.

A tecnologia está sempre presente na modalidade. Durante os Jogos Paraolímpicos, os alvos são eletrônicos e os pontos são imediatamente projetados num placar. Nem as roupas e as armas utilizadas fogem da evolução tecnológica. Há diferença das vestimentas nas provas para cada tipo de arma. Nas competições de rifle, por exemplo, é necessário usar uma roupa com a espessura estipulada pela ISSF. Em eventos de pistola, os atiradores só são obrigados a usar sapatos especiais feitos de tecido, que dão mais estabilidade aos atletas.





 
Tiro ao Alvo -O objetivo do arqueiro é lançar flechas no alvo marcado com dez anéis concêntricos, aumentando a pontuação quanto menor e mais perto for a flecha do menor centro do alvo.Acertar no alvo vale 10 pontos. O esporte é praticado geralmente ao ar livre.O alvo é colocado em distâncias diferentes entre 30 e 90 metros. Nos Jogos Paraolímpicos, a distância é 70 metros.

Nas competições em ambientes fechados, as distâncias variam entre 18 e 25 metros. O tamanho do alvo também varia com a distância.Em maiores distâncias, tem o diâmetro de 122 cm e nos 18 metros, mede 40 cm de diâmetro. O tiro com arco é uma modalidade para atletas com deficiência motora, disputadas individualmente ou em equipe. Podem competir em cadeiras de rodas ou de pé, com um total de 7 provas. A modalidade tornou-se paraolímpica nos Jogos de Roma em 1960.




Remo- Nos anos 80, a Superintendência de Desportos do Rio de Janeiro (SUDERJ) iniciou um programa da reabilitação com o remo, que foi batizado de “Remo Adaptado”. Pessoas com deficiência física (lesão medular, pólio e paralisia cerebral), mental e, mais tarde, deficientes auditivos se beneficiaram do programa. Além da reabilitação e lazer, o objetivo era melhorar a qualidade de vida, por meio da inserção social e dos benefícios à saúde, ambos oriundos da prática esportiva.

Em 2001, a Federação Internacional de Remo (FISA) solicitou formalmente ao Comitê Paraolímpico Internacional (CPI) a inclusão do remo nos Jogos Paraolímpicos de 2008. Em julho de 2005 a CBR reativou seu Departamento de Remo Adaptável. O Brasil foi representado em Beijing por nove atletas.O remo é o caçula das modalidades do quadro de esportes paraolímpicos. Ele entrou no programa em 2005 e fez sua extreia nos Jogos Paraolímpicos de Beijing.

O termo "adaptado" quer dizer que o equipamento é modificado para a prática do esporte e não propriamente "adaptado" a cada atleta. A Federação Internacional de Remo (FISA) é o órgão máximo do remo mundial. As corridas são realizadas num percurso de 1000 metros para todas as quatro classes.










Vela- Pessoas com deficiência locomotora ou visual podem competir na modalidade. Dois tipos de barco são utilizados nas competições internacionais. Os barcos da classe 2.4mR são tripulados por um único atleta, pesam 260 quilos e possuem 4,1m de comprimento. Os barcos da classe sonar são tripulados por uma equipe de três pessoas, que deve ser classificada em função dos tipos de deficiência.

Esses barcos são maiores, pesando cerca de 900 Kg e medindo cerca de 7 m. Tanto o 2.4mR como o Sonar são barcos de quilha, uma peça de metal situada abaixo do casco do barco que impede que ele vire. As competições são chamadas de regatas e os percursos são sinalizados com bóias. Duas rotas devem ser percorridas pelos velejadores. A sinalização dos trajetos é alterada de acordo com as condições climáticas do dia. Caso a direção e a força do vento se alterem, as bóias são reposicionadas.

A organização de cada torneio tem um barco com pessoas responsáveis por monitorar as condições do vento e alterar a colocação da sinalização do percurso. Em ambos os tipos de embarcações, as competições consistem em uma série de nove disputas em separado. Ganha cada prova quem percorrer o trajeto em menor tempo.

O vencedor conquista um ponto, o segundo fica com dois e assim por diante. Ao final das nove disputas, o pior resultado é descartado e quem tiver a menor soma de pontos é declarado campeão. Os vencedores das regatas normalmente são os velejadores que conseguem imprimir uma maior velocidade nos barcos, realizar melhores manobras e buscar as melhores condições de vento (tática de regata).









Vôlei Sentado- O voleibol sentado é um esporte para atletas com deficiência física. Existem provas de voleibol de pé e sentado, embora apenas as provas sentadas tenham sido incluídas no programa de Atenas 2004 O voleibol sentado é jogado num campo menor, (10x6m) com rede mais baixa (1.15m para homens e 1.05m para mulheres) e cada jogo é composto por um total de 5 sets.

Cada dos primeiros 4 sets está completo quando a equipe marcar 25 pontos com uma diferença de pelo menos 2 pontos sobre o adversário. Ganha o jogo a primeira equipe que vencer os primeiros sets. O time tem 12 jogadores e um líbero. O voleibol sentado é um desporto para atletas com deficiência física. Existem provas de voleibol de pé e sentado, embora apenas as provas sentadas tenham sido incluídas no programa de Atenas 2004.